Jornalista português afirma que seu interrogatório foi uma ordem vinda de Brasília

Sérgio Tavares, jornalista e ativista português, foi detido por quatro horas no Aeroporto Internacional de Guarulhos no último domingo (25) ao desembarcar em São Paulo para acompanhar um ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista. Em entrevista ao programa Sem Rodeios, da Gazeta do Povo, ele relatou que o delegado da Polícia Federal responsável por sua detenção […]

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Sérgio Tavares, jornalista e ativista português, foi detido por quatro horas no Aeroporto Internacional de Guarulhos no último domingo (25) ao desembarcar em São Paulo para acompanhar um ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista. Em entrevista ao programa Sem Rodeios, da Gazeta do Povo, ele relatou que o delegado da Polícia Federal responsável por sua detenção teria lamentado ter que interrogá-lo e demonstrado desconhecimento sobre o motivo do interrogatório. Tavares afirmou que o policial recebeu instruções “de Brasília” para abordá-lo sobre questões políticas, apesar da versão inicial da PF argumentar que se tratava de uma questão relacionada ao visto de entrada no país.

O jornalista utiliza suas redes sociais para criticar os excessos do Judiciário brasileiro, a obrigatoriedade de vacinas e outros temas polêmicos. Ele se define como um defensor da liberdade na Europa e ganhou visibilidade no Brasil após uma entrevista com o ex-presidente Bolsonaro no início do mês. Durante a entrevista ao vivo na Gazeta do Povo, Tavares revelou ter escutado uma conversa do delegado da PF ao telefone, onde ele mencionava questões políticas envolvendo personalidades como Flávio Dino e Alexandre de Moraes.

O jornalista foi o único passageiro retido pela imigração no aeroporto de Guarulhos e, segundo ele, foi informado que deveria prestar esclarecimentos sobre seu visto. Apesar das alegações iniciais da PF, Tavares afirmou ter provas documentais de que seu interrogatório se deu por motivações políticas, e não burocráticas. Ele foi aconselhado por seu advogado a permanecer em silêncio durante o interrogatório para evitar possíveis acusações políticas.

Durante sua detenção, Sérgio Tavares relatou ter recebido uma ligação inesperada do ex-presidente Bolsonaro, que o encorajou a manter a calma. Após ser liberado, o jornalista recebeu um documento que, segundo ele, comprova o erro da Polícia Federal em alegar que o interrogatório foi apenas uma rotina burocrática. Tavares, de volta a Lisboa, prometeu que todas as informações coletadas no Brasil serão utilizadas em uma matéria que terá repercussão na Europa, expondo o que aconteceu com ele e responsabilizando os envolvidos no incidente.

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Carlos Santana

Carlos Santana

Jornalista chefe

Jornalista e redator chefe do Jornal da Net.

São Paulo, SP.

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