Em discurso durante a 46ª Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom) em Georgetown, na Guiana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reiterou suas críticas à ação militar de Israel na Faixa de Gaza, comparando-a a um genocídio. Desde o dia 18, o mandatário tem intensificado suas acusações contra Israel, chegando a comparar a ofensiva israelense em Gaza com o extermínio de judeus pelo nazismo.
Lula ressaltou que o impacto de conflitos armados, como o que ocorre na Ucrânia, afeta o planeta como um todo, elevando os preços de alimentos e fertilizantes. Ele afirmou que guerras provocam destruição, sofrimento e mortes, principalmente de civis inocentes, colocando em questão o senso de humanidade da humanidade. Além disso, o presidente brasileiro destacou a necessidade do Brasil lutar pela paz mundial.
Outro ponto abordado por Lula foi a disparidade de gastos militares entre países desenvolvidos e a crise de fome e climática. Ele criticou o fato de o mundo destinar US$ 2,2 trilhões anualmente em armamento, enquanto cerca de 735 milhões de pessoas sofrem com a falta de alimentos. O presidente também ressaltou a responsabilidade dos países ricos na crise climática e a importância de destinar US$ 100 bilhões anuais para países em desenvolvimento lidarem com as mudanças climáticas.
Após a participação na Conferência do Caricom, Lula seguirá para São Vicente e Granadinas, no Caribe, onde participará da 8ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). Durante sua estadia, espera-se um encontro bilateral com o ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, em paralelo à Celac.
Em entrevista à RedeTV, Lula chamou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de genocida, acusando o governo israelense de praticar genocídio contra mulheres e crianças na Faixa de Gaza. O presidente brasileiro afirmou que Israel busca exterminar os palestinos na região de Gaza, classificando as ações como um genocídio e uma tentativa de ocupação territorial.
